No momento certo da minha sanidade
O sagitário me corta de longe
Da cidade mais iluminada em dezembro
A claridade com que vejo o fim do que efetivamente não começou
Me encanta ao mesmo tempo que me mata
Não sei dar fim a estas palavras
Pois a cada instante meu peito se inquieta de emoções não admitidas
Que querem ser ditas, ouvidas, gritadas
Mas são sufocadas, alinhadas, agrupadas e ditas
Tão inverdadeiramente polidas e casuais quando na presença do ser
Que me põe pra dormir como ser noturno que é.
Me converti um dia em estátua
Não ocorrerá novamente
Me desconstruo agora para a boca perfeita e para os olhos agudos
Quero ser mais claro que isso e só me resta a gota d'água na mão
Para me lembrar o tamanho da dor do mundo e da beleza da vida
Todo o meu ser agora, nesse instante, se rende a tua imagem
Ao teu cheiro que vem claro a minha mente
Tudo o que perfeito agora personificado em um
Que é você, ser de nome comum