(A Izaquiel Doria Lopes, catalisador de todos os sentimentos presentes neste poema)
Você, simplicidade da condução a um objetivo nítido.
Leveza do ar que contrasta com a liquidez da minha vida
Instante em que tudo é condensado
Você, o porta-retratos da vida em perfeitas cores
As palavras vivas ao sabor de cajus amarelos.
Tantas nuances tem a tua pele,
Tantas cores os teus olhos
E lembranças o teu cheiro.
Me surpreende os diferentes sons do teu sorriso, Deus de tantos risos
Homem, peixe, gato, pedra, água, pó!
Ser que dá no próprio nome a ordem de alegrar a dor
Homem que por desvios e reajustes da vida se junta e matilha de lobos.
Você, nomeado de meu tudo
Pra tanto não fez nada.
Digo nada, além de existir nomeando e desmistificando a existência dos anjos
Me fazendo enxergar as asas negras que revelam sua bondade.
Me fazendo voltar a acreditar em anjos
Isso nem homens ou livros souberam fazer
A tua existência completa a necessidade de elementos matemáticos pra esta equação
Fato é que não sei resolvê-la nem me darei ao trabalho de iniciar tal compreensão
Apenas sou capaz de resumir o início e o fim desse processo em mim: o amor! Tudo nele se resolve e se dissolve.
Grato pelos dias que me apresentas,
Pelos sois que descobri,
Os jardins que faço,
Os anjos que conheci.
Você, desvendando com clareza a vida dentro e fora de mim.