Em um dia de abril, um instante, um encontro, um espaço curto no tempo, mas que se transformou em algo tão significativo que acabou se tornando a mais leve e doce lembrança que tenho de você, belo rapaz ingênuo de olhos cor de chuva. Você distraidamente no meu caminho, eu iria apenas deixar um amigo na esquina e voltei com saudades de você. O cheiro do teu perfume me trouxe saudades e teu abraço me deixou vazio. Um comentário sobre a minha camisa branca, um abraço mais demorado que o usual, eu interrompendo como sempre o abraço, ato tão típico de mim. Você me convida, eu recuso, a noite não será a mesma sem nós um pro outro, você diz. Desde você e daquele dia, não levei mais meus amigos até as esquinas e essa camisa branca que usei perpetuou aquele momento e o teu cheiro, e sinto isso cada vez que a uso. Não sei mais se gosto da camisa ou do que você falou dela, mas sei que a visto para ouvir suas palavras e te ver novamente em minha busca pelo que já passou. Você declinaria das propostas para aquela noite se eu te oferecesse a mão e um café em um terraço qualquer, mas faltaram palavras e meu desanimo por saber como tudo findaria me fez declinar eu mesmo da minha felicidade. Me questiono ainda se o teu sorriso se deu por saber exatamente o que eu sabia sobre nós ou era o mais puro e belo convite a partilhar da sua companhia? Belo sorriso o seu. Bela camisa a minha.